terça-feira, 5 de junho de 2012

Casa noturna caribenha tem balada na gruta com morcegos





Não é só de merengue que vive a costa caribenha da República Dominicana. Fugindo do clichê das casas de dança locais, um espaço atípico dá vida a uma sinergia de sons, culturas e experiências. Aos que chegam despretensiosos à casa noturna Imagine, é comum o espanto no olhar. Morcegos sobrevoam alto pelo teto do local, montado dentro de uma gruta pelos arredores de Punta Cana.

As surpresas, no entanto, não começam por aí. Antes de entrar na balada, o clima já toma ares medievais e transporta o visitante para os primórdios do País - rico em construções que datam de 1500, época das grandes navegações. É que o curto caminho entre os grandes portões metálicos e a muralha de entrada da gruta é iluminado por 20 luzes amarelas que lembram pequenas tochas.

Já dentro da danceteria, a sensação gelada da refrigeração artificial refresca os boêmios que chegam por volta das 11h da noite, horário em que a casa abre. Às 2h da manhã, quando as pistas dos três ambientes estão pipocando de gente, é certo encontrar algum dos 1.500 clientes (lotação máxima) na frente dos dois ventiladores, posicionados estrategicamente a cerca de dois metros do chão, lutando contra o calor.

O suor que teima em escorrer no rosto de quem se arrisca pelas pistas ganha ajuda de um dos quatro bailarinos contratados especialmente para animar a noite. Todos vestidos com roupas insinuantes: as mulheres de barriga de fora, com shorts minúsculos e salto alto, os dois homens de jeans agarrado ao corpo e peito nu (e musculosos). São eles que apimentam a noitada na pista que toca merengue, salsa e bachata (de pronuncia batchátcha, o som é quase uma mistura de salsa com merengue. No Brasil, o estilo musical teria a mesma essência do som produzido pela banda Calypso). Quem prefere a batida eletrônica das variações de house, trance e tecno, ou ainda fugir da dança ousada - e quase pornográfica - onde casais com os corpos grudados rebolam até o chão, encontra refúgio na pista alternativa, mais aos fundos da casa. Menos iluminada e mais discreta, ela fica de frente para um dos espaços privados e ao lado do terceiro bar.

Aberta de segunda a segunda, das 23h às 6h, a Imagine é freqüentada, em sua maioria, por turistas de Punta Cana. Apenas nas noites de quinta-feira e sábado, a população local soma quase metade do público que requebra nas pistas. Para entrar, basta que se desembolse a quantia de US$ 10 - exceto em noites de festas, quando o preço pode variar. A cuba livre sai por US$ 5, mesmo valor da água e da cerveja local Presidente. A conta pode ser paga em peso dominicana ou em dólar, e eles aceitam cartões de crédito internacionais.

Com capacidade menor (900 pessoas), outra danceteria conhecida em Punta Cana é a Mangu. Ali, dois ambientes dividem o público entre aqueles que preferem o som tipicamente caribenho e os que não abrem mão da música eletrônica. No andar térreo da casa, se dança de casal, com passos compassados como a coreografia do Caribe pede. Já no andar acima, o clima é parecido com as baladas de tecno da capital paulista. A iluminação escura e a fumaça seca são coloridas por luzes que piscam forte, e os go-go dancers se apresentam com marionetes e patins.

De público bem dividido entre locais e turistas, é fácil encontrar um caribenho que te ensine a dançar. Para entrar na casa, é preciso pagar uma taxa de US$ 10, que dá direito a um drinque qualquer. A cuba livre e a cerveja custam US$ 6 cada, já a água sai por US$ 4. O pagamento pode ser feito em peso dominicano, dólar ou cartão de crédito.

Santo Domingo
A capital da República Dominicana recebe os turistas com uma lei rigorosa que rege a vida noturna da cidade. Quase como um toque de recolher, ela estabelece que as baladas só funcionem até à 1h, de segunda a sexta-feira, ou até às 3h nos finais de semana. A iniciativa partiu dos órgão público local, a fim de reduzir o número de acidentes de trânsito causados pela embriaguez. No entanto, alguns locais específicos têm permissão para funcionar sem limite de horário. Entre eles estão os hotéis com casa noturna dentro, a exemplo do Meliá e do hotel Santo Domingo.

Mas o forte de Santo Domingo são mesmo os bares da região central e da zona colonial. Com ar europeu, rua de paralelepípedo e bem arborizada, a via El Conde concentra alguns dos ambientes mais charmosos e originais da área. Ali, é possível encontrar drinks típicos feitos à base de Mamajuana (uma mistura de raízes, vinho, rum e mel), ou ainda cerveja, água e um bom vinho. As mesas mais disputadas são as que se espalham pela rua, onde rola solta a paquera e se pode respirar o ar puro local. Os preços são todos tabelados em pesos dominicanos, mas a conta pode ser paga em dólar e cartão de crédito. Uma dose de Absolut sai, em média, por 170 pesos (algo em torno de US$ 6) e a pina colada por 145 pesos (ou 4 dólares).


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