segunda-feira, 25 de junho de 2012

Destinos de férias com preços a partir de 78 euros



Apesar da crise, os portugueses continuam a marcar viagens de férias de Verão para gozar o merecido descanso após um ano de trabalho.

A crise económica obrigou os portugueses a repensar e a adaptar os seus hábitos de consumo, para fazer face a orçamentos mais apertados.

O lazer, inevitavelmente, é uma das áreas em que muitos decidiram fazer cortes. Segundo um estudo realizado pela Marktest Consulting, com base em entrevistas realizadas no final do ano passado, as despesas em férias são uma das áreas em que os portugueses antevêem realizar mais restrições em 2012. As férias no estrangeiro foram apontadas por 14,9% como as despesas com maior quebra em valor que perspectivavam realizar, enquanto 8,5% referiram as férias em estabelecimentos hoteleiros de Portugal como as despesas que mais iriam reduzir até ao final deste ano. Contudo, muitas famílias continuam a não prescindir de gozar, no Verão, pelo menos alguns dias de descanso afastados da sua rotina habitual.

Segundo a experiência de três agências de viagens consultadas pelo Diário Económico, os portugueses estão mais ponderados e selectivos quando chega a altura de escolher os seus destinos de férias. Neste contexto, o preço parece ser um dos factores que cada vez mais pesa nessa selecção. "Há cada vez mais clientes que nos procuram não tendo em vista um determinado destino de férias, mas solicitando que lhes apresentemos diferentes propostas de viagem de acordo com a verba disponível. Ou seja, é o preço a determinar tudo o mais", revela fonte oficial da agência Abreu.

Esta opinião também é partilhada pela Best Travel que acrescenta ainda que "os preços procurados são os mais baixos, de preferência em regime de tudo incluído (para que o custo final não surpreenda)".

O Barómetro da Academia do Turismo para 2012, publicado nos primeiros meses do ano, indiciava já esta tendência. Segundo os profissionais do turismo, a crise económica global (29,3%), o aumento da carga fiscal (17,1%) e a perda de poder de compra (14,6%) são, por esta ordem, os factores que mais devem penalizar o sector ao longo deste ano.

Por isso, outra das tendências que parece predominar na altura de reservar um pacote de férias é a opção por destinos de maior proximidade geográfica mas também a menor duração dos programas seleccionados. Uma experiência que é transversal às agências de viagens contactadas. "A conjuntura económica que Portugal está a viver tem necessariamente impacto na disponibilidade orçamental das famílias. No capítulo das viagens, estamos a assistir à confirmação de tendências que emergiram nos dois últimos anos - menos tempo de viagem e maior procura do turismo interno", explica a agência Abreu.

Ainda assim, os hotéis nacionais registaram uma quebra na procura. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em Março, as dormidas dos residentes decresceram 6,5%, um desempenho compensado apenas pelo aumento de 0,7% dos turistas estrangeiros. O INE revela que, em Março, os hotéis registaram 2,5 milhões de dormidas, ou seja, menos 1,8% do que no período homólogo do ano anterior. Os resultados não foram piores porque muitas unidades optam por fazer promoções e em muitos casos praticar preços mais baixos. Por isso, os proveitos dos estabelecimentos hoteleiros evoluíram negativamente, registando uma quebra homóloga de 4,6%.

Entre os destinos que actualmente apresentam preços mais atractivos face ao que acontecia antes da crise incluem-se, por exemplo, os Açores, o Algarve e as ilhas espanholas, para orçamentos mais curtos, circuitos na Europa e cruzeiros no mediterrâneo, para bolsos intermédios, e Caraíbas para carteiras mais "recheadas".

As agências e os operadores tiveram de se adaptar à nova realidade dos bolsos dos portugueses para garantir a sua sobrevivência no mercado. Para tal, estão a adaptar a sua oferta, apostando num leque de propostas mais alargado de produtos e destinos vocacionados para todos os orçamentos. Segundo a TopAtlântico, uma das principais alterações decorrentes da crise é o aumento de ofertas com mais-valias para famílias, onde as crianças são grátis ou têm reduções importantes. "Tal fica a dever-se ao facto de o momento de férias de Verão ter ganho uma maior importância, que já teve no passado, como ‘o' momento de férias de família por excelência. Essa tendência tinha vindo a esbater-se com o aumentar do número médio de viagens anuais por família", frisa a TopAtlântico.

Para quem aposta nesse ‘momento' único do ano e conseguiu poupar ao longo do ano, continuam a existir destinos de sonho como as Seychelles ou qualquer outra ilha paradisíaca.

Explorar Lisboa
Ir para fora cá dentro. A ideia não é nova, mas pode ser levada ao extremo. Nem sair da sua cidade, por exemplo Lisboa. E que tal explorá-la como se fosse turista? Alugue um Gocar, o primeiro no seu género, equipado com GPS e que conta as histórias da cidade. Circula em qualquer lado e pode desfrutar da cidade ao seu próprio ritmo. A primeira hora custa 29 euros, mas se alugar o dia todo são 99 euros.

Algarve - Portugal
Para muitos portugueses, o Algarve é o destino de férias de Verão de eleição. A agência TopAtlântico propõe a estadia no Hotel Apartamento Alvor Baía, em regime de tudo incluído, num estúdio com ocupação para duas pessoas a partir dos 78 euros por pessoa e por noite. Para uma estadia de sete noites, o custo da estadia fica em 546 euros. PIB per capita (em PPP): 18.641 euros

Açores - Portugal
Várias agências sugerem os Açores como destino de férias para este Verão. A Best Travel, por exemplo, disponibiliza um pacote de duas noites de estadia na Ilha de São Miguel desde os 279 euros por pessoa em quarto duplo, em regime de alojamento e pequeno-almoço. Neste programa, a primeira criança não paga. PIB per capita (em PPP): 18.641 euros

Hammamet - Tunísia
Cerca de 65 quilómetros a Sul de Tunes, Hammamet, é conhecida como a Saint Tropez da Tunísia. Este destino é também uma das recomendações da agência Abreu. A viagem de avião, transferes e estadia de sete noites em regime de tudo incluído num hotel de quatro estrelas pode ser adquirida a partir de 451 euros por pessoa. PIB per capita (em PPP): 7.562 euros

Porto Santo - Portugal
O Porto Santo é um dos destinos de férias nacionais mais populares. A agência de viagens Abreu disponibiliza a partir dos 499 euros por pessoa, um pacote que inclui a viagem e a estadia durante sete dias, em regime de alojamento e pequeno-almoço, num hotel de três estrelas desta ilha do arquipélago da Madeira. PIB per capita (em PPP): 18.641 euros

Saïdia - Marrocos
Saïdia, em Marrocos, é um dos destinos internacionais para fazer férias que tem conquistado mais adeptos. A estadia nesta estância balnear, com avião e sete noites de alojamento em regime de tudo incluído num hotel de cinco estrelas é disponibilizada pela agência Abreu a partir dos 539 euros por pessoa. PIB per capita (em PPP): 4.031 euros

Ilha da Boavista - Cabo Verde
A Ilha da Boavista em Cabo Verde, é um dos destinos de férias caros dos portugueses. A TopAtlântico dispõe de um programa que inclui a passagem aérea e sete noites de estadia no Hotel Marine Club Beach Resort (três estrelas) em regime de alojamento e pequeno-almoço a partir dos 569 euros por pessoa. PIB per capita (em PPP): 3.149 euros

Punta Cana - República Dominicana
Sete noites de estadia num hotel de cinco estrelas, com regime de tudo incluído, com um custo de 675 euros por pessoa. Esta é uma das propostas em promoção sugeridos pela agência de viagens Best Travel, tendo com destino Punta Cana na República Dominicana. PIB per capita (em PPP): 7.410 euros

Riviera de Antalya - Turquia
A Riviera de Antalya, na Turquia, é um dos destinos em destaque na agência Best Travel para as férias de Verão. O pacote de férias inclui a viagem de avião e sete noites de alojamento em regime tudo incluído numa unidade hoteleira de cinco estrelas cujo custo final é de 723 euros por pessoa. As crianças até aos 11 anos não pagam. PIB per capita (em PPP): 11.584 euros

Phuket, Phi Phi - Tailândia
O operador Nouvelles Frontieres tem vários pacotes para as praias da Tailândia. Phuket, Phi Phi ou Racha, sempre com uma estadia de duas noites em Banguecoque. Os preços começam em 1406 euros por pessoa. Mas para quem prefere algo mais cultural existe o programa "Tailândia Clássica" (base 1591 euros). São nove dias e sete noites com pequeno-almoço. PIB per capita (em PPP): 7.497 euros

Seychelles (Praslin) - Seychelles
Até 24 de Julho, a Best Travel sugere sete noites nas Seychelles, no Hotel Paradise Sun, uma unidade de quatro estrelas, em quarto duplo e em regime de meia pensão. O preço deste pacote começa em 2.797 euros por pessoa. PIB per capita (em PPP): 19.730 euros

Reino do Dragão - Butão e Nepal
A Rotas do Vento sugere uma viagem ao centro dos Himalaias para visitar este lendário e inacessível reino tibetano. São 16 dias dos quais três de caminhada e a acampar. A partida é a 14 de Setembro e o preço base são 3.840 euros por pessoa. Um dos ponto altos é um dos mais antigos e coloridos festivais da região, o festival de Ura. PIB per capita (em PPP): 1.059 euros

Papeete - Polinésia francesa
A Quadrante sugere um pacote de 14 dias e dez noites de estadia no Intercontinental Tahiti, em Papeete, em regime de alojamento e pequeno-almoço e uma noite de em Paris, de onde partem os voos. O programa inclui um cruzeiro pelos principais pontos do arquipélago, em regime de pensão completa. O preço começa em 4116 euros por pessoa. PIB per capita (em PPP): 14.363 euros

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